Analytica: Revista de Psicanálise
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<p><strong>Linha editorial</strong></p> <p style="text-align: justify;">A <em>Analytica: Revista de Psicanálise</em> tem como finalidade publicar investigações/desenvolvimentos teóricos, relatos de pesquisa, debates, entrevistas e resenhas que contenham análises, críticas e reflexões sobre temas, fatos e questões a partir do referencial psicanalítico. Publica também artigos voltados à interlocução entre a psicanálise e outros campos de saberes - como a filosofia e as ciências sociais - igualmente dedicados ao pensamento sobre a sociedade e a cultura. As propostas para publicação devem ser originais, não tendo sido publicadas em qualquer outro veículo do país. Publicam-se artigos em quatro línguas: português, espanhol, inglês e francês.</p> <p><strong>Editorial line </strong></p> <p>The <em>Analytica: Revista de Psican´álise</em> goals to publish research / theoretical developments, research reports, debates, interviews and reviews that contain analyzes, critiques and reflections on issues, events and issues from psychoanalysis. It also publishes articles focused on the dialogue between psychoanalysis and other fields of knowledge, such as philosophy and social sciences, also dedicated to thinking about society and culture. Proposals for publication must be original and has not been published in any other vehicle in the country. Articles are published in four languages: portuguese, spanish, english and french.</p> <p><img src="http://periodicos.ufsj.edu.br/public/site/images/lepidus/mceclip0-1fe643dba5f2f9afa27a6d46aec02ce3.jpg" alt="" width="640" height="599" /></p>UFSJpt-BRAnalytica: Revista de Psicanálise2316-5197Editorial
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Renata Cristina Gonçalves
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5747Harmonizações faciais: uma perspectiva psicanalítica do mal-estar contemporâneo
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5762
<p>As harmonizações faciais são procedimentos estéticos não cirúrgicos que vêm se destacando como um fenômeno crescente na sociedade contemporânea. Identificamos, nesse sentido, o rosto como fonte de mal-estar ou como um punctum, conceito criado por Mieli para definir o lugar do corpo próprio, que causa incômodo, e o desejo de se desfazer dele. Destarte, surgiu o interesse de realizarmos uma pesquisa de revisão bibliográfica em Psicanálise, cujo objetivo consiste em tecer uma articulação entre a busca por mudanças faciais e as proposições psicanalíticas sobre intervenções no corpo. Visamos entender o mal-estar que afeta corpos cada vez mais jovens, elegendo, como objeto de estudo, homens e mulheres na faixa etária entre 20 e 40 anos que se submeteram ao procedimento. Indagamos se a motivação do número expressivo de aumento dos procedimentos se dá em virtude do medo de envelhecer. Este artigo justifica-se devido ao fato de a incidência de procedimentos estéticos faciais liderarem as cinco primeiras colocações dos métodos não cirúrgicos mais realizados no Brasil, em conformidade com dados do último censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Conclui-se que a escolha pela prática de harmonizações corresponde a fatores da dimensão cultural, como a mídia, e que o medo de envelhecer se mostra uma justificativa para tal, uma vez que os dois procedimentos não cirúrgicos mais realizados têm por finalidade prevenir e tratar rugas e linhas de expressão, havendo uma incidência maior dos procedimentos estéticos na faixa etária entre 19 e 50 anos.</p>Janaína Maria Santos SilveiraGesianni Amaral Gonçalves
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5762Guerra cotidiana: a escuta psicanalítica dos laços sociais ante a violência política
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5763
<p>Este artigo tem como objetivo discutir a escuta psicanalítica dos laços sociais a partir do trabalho em um pré-vestibular comunitário, com a média de 70 jovens, na maioria moradores de favelas e regiões periféricas da cidade do Rio de Janeiro, que enfrentam a violência política diariamente. Em meio a condições precárias de existência, sustentadas pela racionalidade neoliberal e pelos aparatos necropolíticos engendrados nas subjetividades e instituições brasileiras, os efeitos subjetivos oriundos da precarização acabam sendo silenciados e naturalizados, o que pode gerar sofrimento psíquico. Para debater essas questões e pensar atuações possíveis, fundamentamo-nos na implementação de um dispositivo psicanalítico de escuta nomeado “Tá na roda: intervenções clínico-políticas em espaços educacionais”, o qual é baseado na metodologia de grupos operativos, isto é, grupos organizados em torno de uma tarefa. Nesse caso, a tarefa que circunscreve as rodas consiste em fazer a palavra circular, por meio do movimento de associação livre coletivizada. Sendo assim, com base no recorte de dois anos de participação no projeto, os resultados nos mostram que as construções coletivas têm o potencial de operar como instrumento de cuidado e reconhecimento dos sujeitos, fortalecendo os laços sociais. Na medida em que buscam romper com o silenciamento dos afetos e colocar em xeque a alienação subjetiva dos sujeitos ante discursos hegemônicos, esses dispositivos revelam ter caráter clínico-político.</p>Marília Fernanda Garcia CostaPerla Klautau
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5763Nome próprio: a tela como uma (des)amarradura dos sintomas
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5748
<p>O presente trabalho buscou compreender a relação entre nome próprio, corpo e virtualidade sob a perspectiva psicanalítica, de forma a analisar os atravessamentos do autonomear no ciberespaço mediante as palavras autorais de Cielo Latini. Para obter tal objetivo, houve a retomada das obras freudianas e lacanianas – primeiro ensino –, bem como autores que abordavam tal temática baseando-se na teoria desses dois grandes psicanalistas. Ademais, a obra autobiográfica Abzurdah (2006), da autora argentina Cielo Latini, foi utilizada como objeto de estudo, tendo em vista que os pontos teóricos foram discutidos a partir de tal narrativa. Assim, por meio da análise documental, foi possível investigar como Latini faz uso do ambiente virtual para se manter em uma posição gozante, já que os nomes escolhidos para os seus users podem se referir aos seus sintomas. Ainda foi possível perceber a tentativa constante da protagonista de ocupar o lugar de Ideal para o Outro, que, em sua infância, era ocupado pela mãe e, já na adolescência, pelo outro do sexo, Alejandro. Este artigo não pretende esgotar as discussões sobre o tema, mas, ao contrário, possibilitar uma abertura crítica sobre os atravessamentos teóricos em relação à vida absurda do caso publicado.</p>Thauany Duarte DinizVanessa Guimarães da Silva
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5748O corpo púbere em cena: os ritos de passagem, a adolescência e a anorexia
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5508
<p>Se nas sociedades tradicionais os ritos de passagem funcionam como um tratamento simbólico para o real da puberdade e de preparação para a entrada na vida adulta pelo estabelecimento de novas modalidades de enlaçamento com o Outro social, nas sociedades modernas e hipermodernas, os ideais oferecidos pela cultura já não alcançam mais metaforizar o gozo. É aí onde o Outro se revela mais inconsistente que o adolescente se encontra lançado à urgência de tecer soluções singulares. Neste artigo, propomos que a anorexia desencadeada no tempo da adolescência pode surgir como uma dessas soluções inconscientes a que o sujeito recorre em face de uma angústia insuportável, de um gozo incontrolável e excessivo que irrompe sobre o corpo por meio da puberdade. Em vista disso, também apostamos na profícua interlocução entre a Psicanálise e o Cinema, trazendo para o nosso debate alguns fragmentos do filme Tem um vidro sob minha pele, da diretora brasileira Moara Rossetto Passoni, que nos conta a história da personagem Beatriz e da anorexia que a acomete entre os 11 e 18 anos. Acreditamos que a invenção de Passoni, nessa obra fílmica, coloca em cena valiosos elementos e articulações que nos permitirão extrair consequências para abordarmos na clínica os impasses do sujeito na anorexia com o seu corpo devido à “invasão” da puberdade.</p>Dayane Costa de Souza Pena
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5508Velhice e quadros demenciais: que clínica podemos oferecer ao sujeito?
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5418
<p>A clínica com a velhice, e em especial quando acompanhamos casos de pacientes acometidos de quadros demenciais, não se faz sem o manejo da transferência e de diversos obstáculos. Escutam-se a família, os cuidadores, os médicos, outros colegas especialistas na área clínica, mas o paciente com demência, muitas vezes, é o último a ser ouvido e, ainda assim, visto como alguém que “fala nada com nada”, “não apresenta lógica no discurso” ou “não consegue responder a perguntas lógicas”, falas comumente ouvidas por esses mesmos indagados. Do ponto de vista orgânico, esses pacientes têm um déficit cognitivo considerável, que leva os profissionais a desconsiderar o que falam. Pela Psicanálise, entretanto, deparamo-nos com uma outra ordem de saber, que coloca o sujeito no centro da discussão, pensando o papel da escuta do sujeito e seus efeitos a partir do desejo do analista. Como considerações finais do trabalho, ponderamos que, apesar de no início da Psicanálise a escuta de velhos não ter sido alvo de grandes investigações, a escuta do inconsciente abriu portas para a complexidade da clínica e suas vicissitudes, tornando a escuta da velhice uma clínica possível, e cuja aposta clínica se dá em virtude da particularidade e subjetividade de cada paciente, no caso a caso do trabalho com o sujeito do inconsciente em estado demencial. Quando ampliada a noção de demência como uma perturbação mental, não necessariamente fruto do envelhecimento natural, ofertamos um tratamento ao sujeito sustentado no lugar de saber do sujeito.</p> <p> </p>Francisca Maria Timoteo SilvaTalita Baldin
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5418Judaísmo e Psicanálise: reflexões sobre a vida e a obra de Freud
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5481
<p>O presente artigo busca refletir sobre a origem e a construção do campo psicanalítico, tendo como base a relação de Freud com o judaísmo. Para tanto, resgatamos o lugar do judaísmo na vida do autor, a partir da relação dele com o pai, que culminou em uma apropriação singular da sua herança judaica. Retomamos as críticas freudianas à religião e questionamos qual é o lugar destinado ao judaísmo na vida de Freud. Assinalamos que, a partir de uma apropriação particular do judaísmo, Freud parece ter elaborado parte de sua ambivalência afetiva dirigida à figura paterna, superando, assim, o “pai resignado” que habitava as suas lembranças. A elaboração do “parricídio” de Freud se presentifica, em nossas conjecturas, na ousada releitura que fez da religião monoteísta, em que a experiência traumática do exílio, experenciada por si e seus antepassados, ganham novas origens e sentidos. Finalmente, aproximamos os campos da Psicanálise e do judaísmo, a partir, sobretudo, da ideia de não lugar, de desterritorialização. Ressaltamos a coragem do empreendimento freudiano que, apesar de não ter rompido com a “lógica monoteísta”, revelou o caráter traumático de sua instauração e perpetuação.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Freud. Judaísmo. Psicanálise. Monoteísmo.</p>Ana Paula Vedovato Marques de Oliveira
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5481Suicídios na adolescência: efeitos psíquicos dos impasses no laço social
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5194
<p>O presente artigo situa-se no âmbito de uma pesquisa maior que interroga o suicídio na adolescência e sua relação com impasses sociais contemporâneos, partindo do fato de que, atualmente, constitui a segunda principal causa de morte entre jovens no mundo todo. Partindo de uma revisão bibliográfica a respeito do tema, objetiva analisar dois casos clínicos envolvendo tentativas de suicídio na adolescência atendidos em um ambulatório de saúde mental infantojuvenil, a partir do referencial teórico psicanalítico. Sustentamos que os efeitos psíquicos dos impasses no laço social aos quais estão submetidos os jovens/adolescentes interferem no próprio sentido da vida e da existência, estando associados ao esmaecimento da alteridade, bem como à impossibilidade de narrar a angústia e o desamparo em que se encontram, que muitas vezes se manifesta em corpo e em ato. Os atos suicidas, tão recorrentes na adolescência, podem ser analisados conforme o paradigma do mal-estar do sujeito na contemporaneidade diante do declínio do Outro na cultura e na educação.</p>Luciana Gageiro CoutinhoRebeca Espinosa AmaralBruna MadureiraMaria Vanier
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5194Corpo e psicose na leitura de Lacan do caso Schreber
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5460
<p>A temática do corpo é um assunto bastante recorrente na teoria lacaniana. A relação do sujeito com o corpo, para Lacan, é duplamente mediada pela imagem e pelo significante, tal como se expressa em dois momentos emblemáticos de seu ensino. Num primeiro momento, na teorização sobre o estágio do espelho, o principal operador da subjetivação do corpo é a imagem, e a constituição do sujeito é pensada, sobretudo, no registro do imaginário. Num segundo momento, Lacan privilegia o registro do simbólico e o significante se torna o mediador por excelência da relação do sujeito com o corpo, agora concebido, acima de tudo, como um suporte para as operações da letra. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é refletir sobre a questão do corpo na teorização sobre as psicoses, a partir da leitura de Lacan do caso Schreber, o qual foi escolhido por sua relevância na formulação da teoria lacaniana das psicoses e também devido ao destaque que os sintomas corporais têm na sintomatologia do caso. Esta investigação, de natureza teórico-conceitual, dedica-se à análise do Seminário 3 de Jacques Lacan (1955-1956/1985), com ênfase especial em sua leitura e interpretação das Memórias de Schreber. O estudo também examina a forma como Lacan retoma, tensiona e reinterpreta a abordagem freudiana do caso, promovendo deslocamentos fundamentais na compreensão da psicose à luz do campo do significante. Partindo do caso Schreber, Lacan conclui que os sintomas e fenômenos que envolvem o sujeito psicótico e o seu corpo podem ser concebidos como tentativas de estabilização, que fazem suplência à falta do significante paterno, quando não é possível uma intermediação do aparelho simbólico. </p>Daniele França FerreiraRichard Theisen Simanke
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5460O duplo no delírio paranoico: um comentário psicanalítico de Cisne negro
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5326
<p class="western" align="left">O artigo investiga a participação do fenômeno do duplo na composição do delírio paranoico por meio do comentário do filme Cisne negro. O delírio é tratado como uma construção autônoma, singular e complexa que sustenta uma tentativa de cura espontânea, e o fenômeno do duplo, como uma vivência estratégica em torno do qual o delírio paranoico pode eventualmente se fundamentar e se desenvolver. Sustenta-se que o estudo do delírio tecido em torno do fenômeno do duplo é capaz de lançar luz sobre aspectos importantes da organização do psiquismo na psicose, em especial no que diz respeito aos distúrbios narcísicos. São realizadas interpolações entre o filme de Aronofsky, o livro O duplo, de Dostoiévski, o balé O lago dos cisnes, de Tschaikowsky, e o conto de fadas O véu roubado, de Musäus. Como embasamento teórico, são trazidas as contribuições de Freud, Lacan, Quinet, Maleval, Rabinovitch, Soler e Melman. São citados ainda artigos oriundos de pesquisa realizada nas plataformas SciELO e Pepsic a partir dos descritores: “Cisne Negro” OR/AND “Psicanálise”. O texto apresenta a seguinte estrutura: inicialmente são situadas as especificidades da constituição do narcisismo na esquizofrenia e na paranoia. Esses aportes teóricos acompanham a análise do primeiro ato do filme, que mostra Nina em sua rotina antes da irrupção da primeira crise. O segundo tópico foca na crise e no trabalho de estabilização. Na parte final, é levantada a hipótese de que o fusionamento com o duplo especular exigido na culminância da performace desencadeou efeitos desagregadores em Nina, levando a uma passagem ao ato. Pergunta-se então acerca das possibilidades de manejo terapêutico diante de tal situação, considerando a recorrência de manifestações análogas em contextos clínicos concretos.</p>Fabiano Chagas RabêloReginaldo Rodrigues DiasGerlane Nanncy Alencar dos SantosNathanael de Sousa SilvaMaria de Fátima Alencar Castro Santos
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2025-06-122025-06-12142710.69751/arp.v14i27.5326O terror da ruptura dos rituais fúnebres na pandemia de covid-19
http://200.17.67.205/analytica/article/view/5749
<p>No fim de 2019, o coronavírus surgiu na China desencadeando uma pandemia global, devido à sua alta taxa de contágio. As medidas de isolamento e distanciamento social foram implementadas para conter a propagação do vírus, resultando em mudanças significativas nas rotinas sociais. A necessidade de distanciamento físico afetou drasticamente as relações interpessoais, especialmente durante momentos de perda, como funerais. Diante disso, as restrições impostas pela pandemia interromperam ou dificultaram as despedidas e os rituais fúnebres, impactando profundamente a maneira como as pessoas vivenciam e lidam com o luto, que é compreendido pela psicanálise como a reação apresentada pelo sujeito diante da perda de uma pessoa ou abstração vinculada a essa ausência. Assim, a não realização desses ritos durante a pandemia gerou dificuldades na simbolização da perda, resultando em fantasias de medo, terror, culpa e dor. Este estudo buscou compreender, por meio da análise psicanalítica, os impactos que a falta e/ou a não realização dos ritos de morte ocasionaram durante o período da pandemia. A natureza desta pesquisa é aplicada, com abordagem qualitativa, objetivos de cunho exploratório e procedimentos de estudo de campo. A partir da análise de dados coletados em quatro entrevistas, examinou-se como os participantes enfrentaram o falecimento de entes queridos, a causa da morte e a experiência das cerimônias de despedida afetadas pelo distanciamento social. Os resultados destacaram sentimentos como estresse, ansiedade, tristeza, desamparo, raiva e impotência relacionados ao luto durante o isolamento social. Observou-se uma dificuldade na concretização psíquica da perda e na elaboração do luto, ressaltando a importância dos rituais fúnebres na aceitação da irreversibilidade da morte. Concluiu-se que tais rituais desempenham um papel fundamental no atendimento às necessidades psicológicas e sociais dos indivíduos, enfatizando sua importância durante os períodos de crise, como a pandemia.</p>Sophia Thomazini de AguiarAmanda Bazan FuriniGiovanna Carbonera AgrellaNatália Barros RamalhoGraziela Tosta Barros de CarvalhoJúlia de Mello GalloBruna Fontanelli Grigolli Pérsico
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